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PATOLOGIAS

Fratura do Punho - Rádio Distal

O punho é constituído da extremidade inferior dos dois ossos do antebraço (rádio e ulna) e oito pequenos ossos articulados entre eles (os ossos da carpo) e a base dos metacarpos.

A forma destes ossos dá flexibilidade ao punho nos 3 planos do espaço, sendo assegurada a estabilidade pelos ligamentos e pela cápsula articular. Uma fratura pode acontecer após um traumatismo, na maior parte das vezes após alguma queda na mão ou após algum impacto diretamente neste nível (acidente de automóvel, motocicleta, queda de escada, etc).  A osteoporose é uma razão contribuinte, enfraquecendo a sustentação óssea. 

O osso com maior frequência fraturado é o rádio. Neste caso, o punho apresenta dor, com inchaço e às vezes algum hematoma. A mão não pode mais ser usada sem dor e o punho às vezes é deformado. Uma fratura no carpo (como o escafoide) é mais insidiosa, sem deformidade aparente.  As fraturas podem ser simples ou complexas (dependendo do traço da fratura e quantidade de fragmentos), estáveis ou instáveis (fraturas simples tem a tendência a ser mais estáveis). Uma fratura exposta ocorre no momento em que certa parcela do osso fraturado se projeta através da pele, que é fina nesse nível.  O risco de infecção é significativo nesses casos.

DIAGNÓSTICO

A suspeita da fratura geralmente ocorre com a história clínica do paciente (dor, deformidade e impotência funcional no punho) porém é necessário a realização de exames complementares como radiografia para confirmar a fratura, bem como avaliar e traçar a próxima conduta. Além disso, em alguns casos pode ser solicitado uma tomografia ou mesmo uma ressonância a fim de melhor identificar lesões associadas (rupturas de ligamentos por exemplo) ou mesmo na decisão e/ou programação de uma cirurgia.

TRATAMENTO

O tratamento é prescrito através do tipo de fratura, a natureza estável ou instável da lesão e a presença de uma locomoção dos fragmentos. Outros elementos intervêm, tais como idade, condição geral, dominância e ocupação, atividades de recreação e esportes, a presença de alguma lesão preexistente (pós-efeitos de fratura, osteoartrite) ou alguma lesão associada (lesão articular, ligamentar). 

Uma ruptura não afetada pode ser tratada com eficácia por recurso de imobilização rígida (aparelho de gesso, resina ou órtese personalizada). Outras fraturas requerem operação a fim de ordenar os fragmentos ósseos e estabilizá-los, usando equipamentos (pinos, parafusos, placas, fixadores externos). O fixador exterior contém um meio de fixação no osso ( um tampão) sobre os dois lados da fratura e um corpo sólido exterior conectando estes plugues. O aparelho é mantido até que o osso esteja firme. A artroscopia pode ser usada além do tratamento cirúrgico, para analisar as lesões e auxiliar a controlar a redução da fratura. Seu cirurgião determinará o tratamento mais adequado considerando o seu caso.

Sobre poucos casos, pode haver perda óssea, ou o osso está tão deteriorado que há uma lacuna na localidade da fratura, uma vez realinhado. É então necessário “preencher” a ausência de substância, quer seja por osso excluso de outras partes do corpo (crista ilíaca, cotovelo, etc) ou usando um “substituto ósseo” de uma reserva de ossos ou usando um equipamento sintético adequado. 

Ao longo do período de consolidação da fratura, é crucial manter a mobilidade dos dedos, sobre ocorrência de ausência de lesão que necessite de imobilização. Caso contrário, os dedos podem enrijecer velozmente, atrasando a recuperação viável da mão. Uma vez que o punho esteja estável o bastante, os exercícios de reabilitação são iniciados, tanto para o punho tal como para os dedos. Seu cirurgião determinará o prazo adequado para estes exercícios.

A reabilitação é imprescindível a fim de auxiliar a retomar a mobilidade dos dedos, flexibilidade e força das articulações, garantindo uma função restaurada.

RESULTADO

O prazo de recuperação é bastante variável, dependendo da seriedade da lesão inicial, da presença de lesões associadas e de acordo com os critérios antecipadamente estabelecidos.  A recuperação máxima após a ruptura do punho frequentemente leva vários meses.  Alguns pacientes apresentam sequelas, tal como inflexibilidade ou dor. Em ocorrência de artrose, a osteoartrite pode se amplificar prematuramente. O acompanhamento frequente pode auxiliar a detectar certas complicações do procedimento cirúrgico eficiente, a fim de reprimir os efeitos. 

A mão do seu cirurgião está à sua disposição a fim de aconselhá-lo e definir com você o tratamento mais adequado a você.