O que é?
O dedo em gatilho é uma condição frequente de dor nos dedos na qual um dos dedos apresenta um bloqueio intermitente do tendão dentro do seu túnel (polia) A1. O dedo pode dobrar ou esticar com um estalo, como um gatilho sendo puxado e solto. Pode-se apresentar também um quadro isolado de dor isolada na base do dedo (Presente nos estágios mais iniciais).
Nas formas mais avançadas, o bloqueio é mais frequente, podendo evoluir para um bloqueio completo em extensão ou flexão que ocasiona rigidez articular.
A doença pode ser bilateral e assimétrica, isso significa, acometer mais de um dedo (inclusive o polegar) ao mesmo tempo.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo exames complementares geralmente desnecessários.
As causas para o dedo em gatilho são variadas podendo ser:
– Devido a uma infamação do tecido que reveste o tendão flexor que leva a criação de um nódulo dentro do tendão que provoca uma barreira mecânica ao deslizamento do mesmo. É a causa mais comum e pode estar relacionada com exercícios repetitivos, diabetes ou doenças reumáticas.
– Mais raramente ele pode aparecer após um tratamento cirúrgico de uma síndrome do túnel do carpo, entretanto não sendo considerado uma complicação. Além disso, a associação das duas patologias ocorre entre 30 a 60% dos casos.
– Pode ocorrer na sua forma congênita aparecendo nos lactentes e geralmente no polegar.
TRATAMENTO
O tratamento inicial geralmente é clínico, consistindo de medicações anti-inflamatórias, repouso relativo e massagem local. A realização de uma infiltração de corticoide pode ser realizada com uma eficácia rápida, porém frequentemente temporária. A realização de infiltrações repetidas não é recomendada devido ao fato do corticoide fragilizar o tendão e favorecer uma ruptura secundária.
O tratamento cirúrgico, dependendo do caso, pode ser sugerido primariamente ou após um tratamento clínico inicial.
A operação é realizada com anestesia local ou locoregional em caráter ambulatorial. Ela consiste em uma incisão mínima de alguns centímetros próximo da prega de flexão palmar e após liberação da polia. É um procedimento rápido e pouco doloroso que apresenta uma melhora nítida. No pós-operatório imediato o paciente é encorajado a mobilizar os dedos assim que possível a fim de evitar uma rigidez das articulações. Uma dificuldade para alcançar o movimento completo do dedo pode existir dependendo do grau de evolução da doença, sendo necessário a utilização de uma órtese para ajudar na correção.
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