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PATOLOGIAS

Rizartrose - Artrose na base do Polegar

O que é?

A rizartrose é uma patologia comum, principalmente com o envelhecimento, que ocorre quando a cartilagem se desgasta das extremidades dos ossos que formam a articulação do polegar, também conhecida como articulação trapeziometacárpica (CMC). É mais comum nas mulheres pós menopausa, estando presente em mais de 90% nas mulheres acima de 80 anos.  

A artrose na base do polegar ocorre geralmente com o envelhecimento. Trauma anterior ou lesão na articulação do polegar também pode causar a doença.

Em uma articulação do polegar normal, a cartilagem cobre as extremidades dos ossos, atuando como uma almofada e permitindo que os ossos deslizem suavemente um contra o outro. Com a artrite do polegar, a cartilagem que cobre as extremidades dos ossos se deteriora e sua superfície lisa torna-se áspera. Os ossos, em seguida, esfregam uns contra os outros, resultando em atrito e danos nas articulações.

O dano à articulação pode resultar no crescimento de osso novo ao longo dos lados do osso existente (osteófitos), o que pode produzir protuberâncias visíveis na articulação do polegar.

À esquerda uma radiografia de um polegar normal, que demonstra um bom espaço articular bem como ausência de osteófitos. À direita uma imagem de uma rizartrose na qual é observado a ausência de espaço articular e a presença de um importante osteófito.

Sinais e Sintomas

A rizartrose pode causar dor intensa, inchaço e diminuição da força e amplitude de movimento, dificultando tarefas simples, como girar maçanetas, chaves e abrir frascos. A dor é o primeiro e mais comum sintoma da rizartrose. 

A dor pode ocorrer na base do polegar quando você agarra, segura ou aperta um objeto, ou ao usar o polegar para a realização do polegar para as atividades que necessitem fazer uma pinça.

Nos estágios mais avançados, a doença provoca uma deformidade no polegar decorrente do deslocamento do osso, produzindo uma limitação da função do polegar, principalmente para a preensão de objetos.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, porém se faz necessário a realização de exames de RX para avaliar o grau da doença e planejar a proposta terapêutica. Em alguns casos, podem ser vistas anomalias ósseas na formação do trapézio, o que favorece ao desenvolvimento da rizartrose.

Tratamento

O tratamento da rizartrose é realizado inicialmente pela colocação de uma órtese com o objetivo imobilizar a articulação trapéziometacarpiana, sendo comum a utilização de uma curta para as atividades do dia-a-dia e uma longa para repouso noturno.

Aliado a isso, faz-se o uso de medicamentos analgésicos, fisioterapia e mudança de atividades cotidianas.

Caso não obtenha um alívio sintomático desejável ou nos casos mais graves, pode ser proposto uma cirurgia para melhora do quadro. Existem diversas técnicas possíveis para o tratamento da rizartrose, sendo que algumas opções permitem uma reabilitação mais precoce, enquanto outras necessitam de um protocolo um pouco mais cauteloso. Assim, converse com o seu Cirurgião de Mão sobre a melhor opção para o seu caso.

A figura acima mostra um trapézio com um formato diferente, o que leva a um lateralização e subluxação do primeiro metacarpo.

Órtese curta para utilização durante o dia-a-dia

À esquerda, uma cirurgia de colocação de artroplastia de trapeziometacarpiana tipo MAÏA e a direita uma cirurgia de ressecção do trapezio, associado a suspensoplastia proposta por zancolli