Doença de Preiser

Doença de Preiser

Doença de Preiser

Saiba o que é, quais as causas, os sintomas e como tratar a Doença de Preiser.

Condição rara que se caracteriza pela necrose avascular do osso escafóide (localizado no punho), ocorre na ausência de traumas e, portanto, se diferencia da necrose avascular do polo proximal, que ocorre após uma fratura do escafóide.

Originalmente descrita em 1910 por Peter Preiser, professor de genética molecular e biologia celular, a condição ainda é pouco discutida no meio acadêmico e científico.

Por isso, neste conteúdo me esforcei ao máximo para coletar o maior número possível de informações confiáveis sobre essa patologia, de modo a manter vocês, leitores, sempre antenados.

Siga com a sua leitura e descubra tudo o que se sabe, até o momento, sobre a Doença de Preiser.

Causas

Apesar de não ter uma etiologia (causa) e nem uma fisiopatologia (mecanismo) definidos, a doença que afeta gravemente o escafóide pode ter suas causas explicadas no uso prolongado de corticóides e quimioterapia, além de traumas, doenças de colágeno e alcoolismo.

A posição do punho, como sugere o trabalho do cirurgião ortopédico Buttermann, também pode influenciar no desenvolvimento, visto que foi notado que a irrigação sanguínea do escafóide é interrompida em posição de 60° de flexão palmar e 15° de desvio ulnar.

Sintomas Doença de Preiser
  • Os pacientes geralmente queixam-se de dor no lado radial e no dorso do punho;

  • A amplitude do movimento pode ser restrita, principalmente em fase mais tardia da doença;

  • Pode ocorrer a diminuição de força de preensão;

  • Podem ser notados sintomas como edema medular e vascularidade em exames de imagem.

Classificação

A classificação mais aceita é a de Herbert e Lanzetta realizada em 1994; confira.

Grau I: sem alterações radiográficas, mas com alteração de sinal na Ressonância Magnética.

Grau II: aumento da densidade radiográfica do escafóide.

Grau III: fragmentação do escafóide e do polo proximal.

Grau IV: Colapso do carpo/artrose.

Os exames de imagem podem ajudar a identificar o estadiamento da doença. Recentemente, Kalainov, professor clínico de cirurgia ortopédica, descreveu dois subtipos com base no grau de envolvimento do escafóide.

Tipo I: inclui pacientes com avascularidade difusa.

Tipo II: inclui pacientes com necrose avascular localizada do escafóide.

Tratamento

Ainda que não exista um consenso relacionado ao tratamento, algumas tentativas cirúrgicas podem ser indicadas, a variar do grau da condição.

Nos graus iniciais está preconizado o tratamento conservador ou realização de enxerto ósseo com o objetivo de “revascularizar” o escafóide.

Nos graus mais avançados da doença, procedimentos de salvação, como a ressecção do escafóide e artrodese total do punho ou parciais do carpo podem ser indicadas.

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